Independentemente da nossa capacidade de identificar a causa ou o autor, o fato é que vivemos uma crise de governo ou um não governo no Rio Grande do Sul e no Brasil. O caos no governo estadual e nacional estão evidenciados na mediada que a atuação das lideranças não demonstram capacidade de indicar caminhos de prosperidade para os gaúchos e para os brasileiros. Associado a este caos já instalado, fomos bombardeados nacionalmente, com as notícias de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, que acabaram com a carreira política de uma liderança regional expressiva, o ex-deputado Diógenes Basegio. No âmbito federal, as lideranças estão desorientadas e sem capacidade para aprovar medidas, no congresso nacional, que sinalizem um rumo para o Brasil. Culminado este ciclo que diminui o já baixíssimo índice de respeitabilidade, de credibilidade e de aceitabilidade das lideranças e dos partidos, constantemente recebemos notícias da prisão de políticos e de empresários e até de um banqueiro.
Vivemos o caos do desgoverno em que os pilares da governabilidade estão sendo gradativamente destruídos. O desgoverno se evidencia na falta de ação do Poder Executivo, na figura do presidente da Câmara do Deputados, que está sendo julgado pela comissão de ética e agora com um senador preso no exercício do seu mandato. A sensação dominante é que não temos a capacidade de eleger nossos governantes, por isto estamos sem governo.
É fato que existe inúmeros casos de ilegalidade e de imoralidade que envolvem políticos e empresários que se beneficiam indevidamente de recursos públicos. Estes casos devem ser devidamente investigados e julgados na forma da lei. No entanto, é válido investigar se não estamos sendo seduzidos e dominados, por fatos estrategicamente construídos e divulgados, através de uma articulação entre setores da policia federal, do judiciário e da imprensa, com o objetivo de instalar um governo para enquadrar um pais não alinhado.