Ficou doente em Ernestina? O que faziam?

Postado por: Adalíbio Barth

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Todos já ouviram falar das histórias muito tristes de nossos antepassados, no que se refere à saúde e as doenças que eles enfrentaram. A mortalidade infantil era muito alta. Ainda encontramos nos cemitérios antigos, grandes áreas reservadas somente para as crianças que eram sepultadas. Os recursos eram poucos e o risco à saúde era muito grande. No início do século passado, a doença mais temida era o tifo. Havia também a varíola, o sarampo, a catapora e a varicela. Não havendo os recursos de nossos tempos, os moradores contavam com benzedores que usavam rezas, chás caseiros, faziam simpatias para eliminar as verrugas e cobreiros.

Em Ernestina e região, os partos eram feitos em casa, por parteiras, que eram conhecidas por toda população. Algumas anotavam em suas listas os recém-nascidos: Eram centenas de crianças. Na época, não havia acompanhamento pré-natal e tudo era muito distante, para chegar em tempo junto aos recursos oferecidos. Em geral, eram atendimentos particulares, fora do alcance da população.

O primeiro hospital de Ernestina foi uma iniciativa do Sr. Reinaldo Tatsch, antes de 1943. Mais tarde vendeu tudo o que já possuía, ao Sr. Cristiano Becker. Foi posteriormente adquirido pela família Goedel. Neste tempo atuou o famoso médico Sabino Arias. Os antigos têm a lembrança também do médico Alceu Porto Alegre, que morava no antigo Hotel, em frente à praça, onde atendia dois dias por semana. E a partir de 1943, atendia no hospital.

Em 1959 começaram a construir um novo hospital para Ernestina. Recebeu o nome de “Sociedade Beneficente Sagrado Coração de Jesus”. Havia muitas intrigas com o grupo que possuía o hospital anterior, pois previam o fechamento do mesmo, quando o novo estivesse pronto. Com verbas do Estado, conseguiram concluir a obra, que foi inaugurado em 1960.

Quem marcou muito a medicina em Ernestina foi o Dr. Orlando Rojas. Veio de Costa Rica e se estabeleceu nesta cidade durante toda a sua vida. Era pessoa estimada, sempre pronta para atender as pessoas carentes, não importando o dia e a hora. O Dr. Orlando construiu um pequeno hospital na cidade, com o mesmo nome anterior, no final dos anos de 1990. A Prefeitura então assumiu o antigo prédio, agora Centro Administrativo, enquanto não estava concluída a nova prefeitura.

Na cidade de Ernestina, sempre houve um posto de saúde público do Estado. Com a emancipação passou para o Município. Foi construído um posto novo no ano de 1992, inaugurado pelo Governador Collares.

Hoje, em Ernestina, há uma Unidade Básica de Saúde inaugurada em 2016. Visa o atendimento à saúde da população durante 24 horas. Há um total de 64 pessoas envolvidas no atendimento à saúde. Há muitos programas de saúde, prezando pela saúde preventiva e curativa.

Foto: Unidade básica de saúde de Ernestina, atende as necessidades do Município, funcionando dia e noite.

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