Em 2013 quando começou
uma série de manifestações exigindo o aperfeiçoamento da democracia brasileira,
especialmente o fim da corrupção e melhorias no sistema educacional e de saúde.
Dizia-se que o gigante havia acordado.
Desde então passamos por uma eleição em nível federal e estadual; e outra em nível municipal. Em nível federal foi eleita uma presidente que não cumpriu o que prometeu na campanha e cometeu uma série de equívocos administrativos. Foi deposta após perder a referência e diálogo com o Congresso Nacional, especialmente sua pretensa “base aliada”. Os congressistas que a depuseram em 2016 não estavam preocupados com a ética ou a governança. Viam, com a ascensão de Temer à presidência, a oportunidade de aumento do poder de barganha.
Tem causado preocupação as dificuldades na esfera política e econômica para Brasil retomar o crescimento. Temos mais e 13 milhões de pessoas desempregadas e uma insegurança social deveras preocupante.
O presidente em exercício, que articulou a queda da presidente eleita, não tem conseguido governar, primeiro porque tem gasto um bom tempo em articular a sua defesa das acusações de corrupção, seja no Congresso Nacional seja frente ao sistema judiciário. Segundo porque as medidas adotadas, muitas penalizando a população mais pobre, não tem surtido o efeito desejado. O déficit só tem aumentado. Terceiro porque está cada vez mais está refém do dito “centrão”, que não tem interesses republicanos, mas apenas se aproveitar do mandato para obter benesses em benefício próprio. Um exemplo disso é o caso do deputado que sugeriu o abatimento de 90% das dívidas das empresas com a união sendo ele mesmo um grande devedor enquanto pessoa jurídica. É um Congresso eleito pelo povo, contudo, exercendo mandato rompido com os desejos do povo.
Não temos um comandante em condições morais de governar o Brasil. Isto gera um custo muito alto para a população. Neste tempo nosso pais está parado ou andando muito lentamente. Será que o gigante voltou a dormir ou encalhou no lamaçal da desesperança?
As duas possibilidades são perigosas. Saiamos do torpor para exigir respeito e seriedade no cuidado do nosso povo e da democracia. É o mínimo que a classe política pode fazer nestes meses que restam de mandato.