As brigas na família continuavam. A mulher não conseguia mais suportar o marido, devido à sua constante bebedeira. Chegava à noite, e ele não voltava, pois permanecia nos bares da redondeza, tomando seus tragos. A desconfiança aumentava entre o casal, mas ele não conseguia cumprir suas promessas de parar de tomar e de mentir.
Certa noite voltou bastante tarde, quando toda a família já estava dormindo. Desta vez inventou um expediente que pudesse agradar à mulher, para que desse toda a simpatia e apoio a ele. Entrou no quarto sem acender a luz, bem de mansinho, e começou a balançar o bercinho onde a criança passava a noite junto do casal. Com o forte barulho desse balanço, a mulher se acordou e logo foi perguntando:
- O que é isso, João!
E ele, sem esperar:
- Ó mulher preguiçosa! Não se importa com a criança chorando e você dormindo. Faz meia hora que a estou embalando em seu berço, para fazê-la dormir.
- Não seja bobo, João! – observou ela. - A criança está aqui comigo, na cama.
A bebida alcoólica causa muitos males às famílias e à sociedade. Ela desfaz os lares, provoca a desarmonia, os desentendimentos, as discórdias e muitas vezes até mortes. A pessoa, em estado etílico, torna-se mentirosa, deixa o trabalho para o sustento do lar, perde a confiança no emprego e desvaloriza o sentido da vida humana.