Dia
treze passado celebramos cinco anos do Pontificado do Papa Francisco. A partir
da sua eleição a Igreja passou a viver uma espécie de primavera. Não significa
que as tensões e conflitos tenham diminuído, contudo foram tratados de forma
diferenciada. Primavera significa desabrochar, assumir outra realidade, renovação.
Com Francisco a Igreja saiu da defensiva e se fez mais propositiva assumindo o
seu papel no mundo, já delineado no Documento Conciliar Gaudium et Spes (alegria
e esperança). E a Igreja se faz presente no mundo como mãe que cuida, faz
carinho, sem deixar de orientar e apontar os equívocos. É a Igreja samaritana e
misericordiosa. Francisco como pastor tem feito isso com leveza e senso
pastoral. Tem nos feito muito bem.
Recordo aqui três documentos que marcaram estes cinco anos de pontificado. O primeiro, lançado em 2014, foi a Alegria do Evangelho, ou Evangelii Gaudium. Nesta exortação o Papa enfoca a missão primeira da Igreja que é levar o evangelho, boa nova de Jesus, a todas as pessoas. Cabe a todos os batizados transmitir às pessoas a boa nova de Jesus e ajudá-las a encontrarem-se com ele. Quem viveu a alegria deste encontro quer que outras pessoas tenham a mesma oportunidade.
O segundo documento publicado foi a Encíclica Laudato Si. Nesta Encíclica propõe a reflexão sobre a questão ambiental a partir da premissa de que o Planeta terra e os pobres estão feridos e a convicção de que problemas sociais e problemas ambientais estão interligados. Convida todas as pessoas a assumirem o compromisso da conversão ecológica em nome do futuro do Planeta e das condições de vida das novas gerações. Para escrever este texto o Papa Francisco ouviu diferentes setores da sociedade planetária criando uma grande corrente de preocupação solidária com o futuro do Planeta e dos seres humanos.
A partir do Sínodo da Família escreveu o Documento Amores Laetitia, um texto profundo que significa o olhar carinhoso da mãe Igreja para as famílias. É o convite a uma postura mais pastoral e caridosa para com as pessoas que vivem a experiência familiar em uma realidade de muitas tensões e conflitos. Recorda a todos nós que a família permanece como a base fundamental da vida eclesial e social.
Rogamos a benção de Deus para o ministério de Francisco. Que ajude a nossa Igreja a sair para servir a toda a humanidade.
*A Fundação Cultural Planalto de Passo Fundo salienta que o texto reflete a opinião de seu autor.