Espiritualidade Pascal!

Postado por: Ari Antônio dos Reis

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Depois da caminhada quaresmal, fundada na espiritualidade da oração, do jejum e da esmola, reforçada pelo compromisso proposto pela Campanha da Fraternidade, a superação da violência, chegamos ao Tríduo Pascal. No domingo passado refletimos a entrada de Jesus em Jerusalém acolhido pelas pessoas de forma espontânea com gritos de “bendito o que vem em nome do Senhor” e “Hosana ao filho de Davi”. Era o Rei diferenciado, servidor e solidário aos pobres, que estava chegando. Permaneceu na cidade de Jerusalém dando o testemunho profético e de amor em nome do Pai e denunciando os poderes humanos que não geravam vida, mas dor e sofrimento para o povo. Por isso, foi vítima da articulação que tramou a sua morte.

A caminhada quaresmal e a celebração de Ramos antecedem o Tríduo Pascal que começa nesta quinta-feira.  É a oportunidade de uma profunda experiência espiritual a partir do encontro com o Crucificado-ressuscitado.

 Na quinta feira rezamos as duas referências importantes para os discípulos e a humanidade: a eucaristia e o serviço, simbolizados na Ceia e no Lava-pés. Estas duas referências eclesiais se deram em meio a denúncia ao grupo dos doze da traição de Judas Scariotes. Contudo, mais forte que a traição de Judas foi a memória da Eucaristia e o testemunho do serviço deixados como heranças para os seguidores de Jesus.

  Na sexta se deu o enfretamento da cruz porque o Filho de Deus amou a humanidade até o fim e fugiu da cruz.  Enfrentou-a com dignidade e coragem. O silêncio de Jesus era o contraste em relação a histeria e os gritos dos seus acusadores. No final da caminhada do calvário um oficial romano o reconheceu como Filho de Deus (Cf. Mc 15,39).

O Domingo da Ressurreição permitiu outro alento para a humanidade pela vitória de Jesus sobre a morte. Sempre é bom lembrar que a última realidade sobre Jesus é  a Ressurreição. Deus o ressuscitou e o fez Senhor do céu e da terra.  Esta nova realidade sustenta a vida de fé dos cristãos. Nos cremos no Ressuscitado.

O Tríduo Pascal convida a oração e a reflexão a partir daquele que nos trouxe a salvação e foi as últimas consequências por esta proposta. No final celebremos a vitória de Cristo. Ele ressuscitou e nos convida a esta alegria.

Pe Ari Antônio dos Reis

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