Conta-se que, em
reunião de Stalin, Roosevelt e Churchill, quando decidiram como seria o mundo
pós-guerra, alguém alertou que o Papa Pio XII, teria várias restrições a isto
ou àquilo. Stalin soltou a famosa pergunta irônica, referindo-se à capacidade
militar do Vaticano.
- E quantas divisões tem o Papa?
O papa tinha o poder da influência, a força moral, que não pode ser confundida com a força militar. Este poder da fé, o poder espiritual é capaz de depor armas e alcançar a paz, onde muitas vezes parece impossível.
Através da história a mediação dos papas resolveu muitos conflitos. A própria América tem a marca dos papas da época que intermediavam as pretensões de Espanha e Portugal.
E mais recentemente, Roma não foi atacada na 2ª guerra mundial, devido à força moral do Papa Pio XII, mesmo sem exército e sem armas, venceu o poder do mal, comprovando que “as forças do inferno não triunfarão sobre ela”.
O conflito entre Estados Unidos e Rússia, devido aos mísseis instalados em Cuba, em grande parte foi evitado, por influência do Papa João XXIII, exímio diplomata de carreira.
Evitou-se o conflito entre Argentina e Chile, devido ao Canal de Beagle, devido à mediação do Papa João Paulo II.
Muitos bispos e padres exerceram a mediação em conflitos menores. Mas todos foram escolhidos pela força moral, que desarma tensões e conflitos.
O Papa Bento XVI sempre alertava para o diálogo e a mediação para resolver problemas sociais, grandes ou pequenos. Estas são as armas da Igreja.
São Francisco dizia que não queria propriedades para sua Congregação, porque senão necessitava de armas. De fato, todo bem deste mundo está sujeito a roubo, depredação, assalto e sujeito às intempéries dos tempos. A maior força de alguém não está nas armas, mas na força moral de sua vida íntegra e nos valores que cultiva com amor e fé.
*A Fundação Cultural Planalto de Passo Fundo salienta que o texto reflete a opinião de seu autor.