Falando com uma
pessoa que não frequentava muito a Igreja dizia possuir um dom todo especial de
associar qualquer coisa à outra, sem maior dificuldade. Dizia:
- Todas as coisas ou pessoas me falam de algo além da realidade, são um sinal que me faz recordar outra coisa, que facilmente consigo associar.
- Poderia me dar um exemplo – disse-lhe o padre.
- Por exemplo: Quando vejo uma fumaça, logo penso em churrasco e me dá vontade de comer um assado.
- Quando vejo a polícia, logo reduzo a velocidade do carro e me lembro das leis do trânsito.
- Quando ouço a sirene da ambulância, logo penso que houve um acidente e me lembro de ligar o rádio, para saber o que houve.
- Quando vejo água, logo penso em mar e me dá vontade de ir à praia.
E o padre interrompeu-a, perguntando:
- E quando vê o padre de batina ou de clergyman não se lembra da Igreja e não lhe dá vontade de ir à missa?
O padre comentou depois que este “dom de associação” funciona somente para poucos. Pois, se cada vez que alguém lida com seu dinheiro, se lembrasse de pagar o dízimo e surgisse vontade de contribuir, não haveria necessidade de se fazer tantas promoções para angariar fundos para as obras sociais da comunidade.
Como está a participação do povo nas celebrações comunitárias? Quais os argumentos que as pessoas usam para não participar das missas? Como as pessoas entendem a necessidade de ajudar na comunidade, de modo especial, pelo dízimo?
*A Fundação Cultural Planalto de Passo Fundo salienta que o texto reflete a opinião de seu autor.