Imitando Herodes

Postado por: Adalíbio Barth

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Já são tradicionais os encontros de famílias em preparação ao Natal. Pretende-se dar um sentido religioso a este tempo que o comércio conseguiu transformar no melhor período de vendas dos mais diferentes produtos. Assim, nas comunidades cristãs, as coordenações dos grupos reúnem algumas famílias, para refletir e rezar o tema proposto pela Igreja, para cada período do ano litúrgico. Todos têm em mãos um livreto com as orações e cantos já impressos para todos os grupos, em nível estadual. Cada noite, uma família acolhe as pessoas da vizinhança e se reúnem no espaço, onde há possibilidade de acomodação para todos.

Em certa família, o dono da casa não gostava dessas reuniões e deixava a mulher e os filhos participarem livremente. Antes que as pessoas da vizinhança viessem para a reunião, ele se fechou no quarto, pois não costumava participar dessas coisas de igreja. As pessoas do grupo chegaram, acomodaram-se numa grande garagem e iniciaram as orações e os cantos, sob a coordenação da dona da casa. Para facilitar a participação dos cantos usavam a gravação do CD que era distribuído para todos os grupos. Um dos cantos natalinos, do ano 83, possuía uma letra que dizia: “Abre a tua porta que Alguém está batendo; abre a tua porta que Alguém está nascendo. É Jesus que vem a ti”. E o refrão, que todos cantavam com mais volume, dizia: “Por que não respondes, por que tu te escondes, impedes de Jesus renascer.”

Ao terminar a reunião e tendo despedido a todos, o marido saiu de seu quarto e irritado, veio pedir satisfação à mulher, em relação ao canto. Imaginava que ela o havia composto para chamar atenção dele, que sempre fugia das reuniões e se escondia em seu quarto. E não foi fácil convencê-lo que era um canto natalino daquele ano e que por toda parte cantavam assim.

Proibiu a mulher de participar das seguintes reuniões. E o Natal, em vez de ser uma festa de paz e alegria, tornou-se um tempo de pesadelo, medo e preocupações. Assim como no tempo de Jesus, Herodes continua a perseguir os seus seguidores.

O tempo de Natal tornou-se um tempo bom para o comércio. As tentativas para torná-lo mais cristão, encontram muita resistência. As atenções se voltam para as compras e os presentes. O grande aniversariante está ausente em sua festa. Deve-se, todavia, continuar a oferecer às famílias, alternativas que aprofundam a Palavra de Deus, em todos os lares.

  

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