Amanhã muitas
pessoas visitarão os cemitérios para lembrar seus entes queridos. Outros irão
as celebrações para rezar por eles. Quem visita o cemitério, lugar do descanso
eterno, não imagina a história por trás de cada nome escrito ou fotografia exposta. Não dá para mensurar a
saudade dos familiares e amigos. Explicita a certeza: não vamos te esquecer ou estás
vivo em nossa memória.
São significativos os pedidos de missa pelos mortos: sétimo dia, um mês, um ano de falecimento, ou então pedidos que se repetem por muito tempo. A memória da pessoa amada vai sendo atualizada e celebrada pela comunidade em oração. Não é apenas um nome que é lido ou posto sobre o altar. É o mistério da vida e da morte feito memória pela fé. Traz presente a ideia de que a separação física causada pela morte não vigora. Permanece a lembrança, o compromisso e o carinho com alguém que já partiu, mas que deixou marcas em muitas vidas. Fica a certeza da ressurreição, a vida eterna. Jesus já nos apontou este caminho.
Ao lembrarmos nossos mortos, brota uma saudade, corre uma lágrima, sentimos a dor da ausência no peito. Como gostaríamos que a pessoa querida permanecesse conosco na mesma caminhada, lutando pela vida, partilhando as alegrias, discutindo os sonhos, planejando o futuro. Nunca estamos preparados para perder alguém. Sempre será uma surpresa triste.
A fé leva a acreditar que quem partiu está no descanso eterno, no lugar preparado por Jesus Cristo (Jo 14, 2ss). Pedimos isso ao Senhor: “dai-lhes o descanso eterno”. A pessoa não está presente fisicamente, mas está no coração e na memória. Está também na prece proferida com fé na garantia da existência da vida eterna, na certeza da ressurreição. Isto nos edifica, nos faz mais humanos e alimenta a nossa fé.