Tu já te perguntou qual o apelo
do ENART? Qual a receita para fazer, ano após ano, entidades tradicionalistas
sobreviver apenas graças a um festival? Que motivação é essa?
Dizem que é a arte, seguida pela emoção que apenas o palco de Santa Cruz é capaz de despertar. Outros dizem que é a tal da integração, a possibilidade de ver e rever amigos dos rincões mais longínquos do Rio Grande. Eu já digo que é o protagonismo de cada indivíduo.
De todos os eventos oficiais do calendário tradicionalista anual, apenas o ENART torna protagonistas aqueles que se dispõe a fazer ele acontecer com emoção, doação e sacrifício.
Cada passo de dança, cada nota musical, cada causo, cada verso… tudo e todos são personagens principais. Sem o artista, sem o público, sem a comissão executiva, sem o voluntário, nada aconteceria. Por um momento, somos todos iguais. Seres humanos sonhadores, nos superando através da arte - e nos doando para ela.
Em cada um daqueles palcos vemos tradicionalistas demonstrando talento e paixão, se descobrindo artistas, compreendendo o mundo através da dança, da música, do poema… se encontrando.
A competição segue ferrenha, é claro, tendo no troféu a personificação dos bons e dos maus momentos de todo um ano de trabalho.
Mas se os troféus não vão para todos, tu já te perguntou porquê todos vão ao ENART?
Porque o ENART é o momento em que todos somos MTG! E sem as pessoas, ENART e MTG nada seriam.