Os
padres jesuítas foram os primeiros a levar o cristianismo ao Japão, logo após a
capitulação dos nipônicos. Estava tudo arrasado, o povo passando fome.
A Igreja dos Estados Unidos se comprometeu na ajuda humanitária. Também construíram templos, trazendo material da América.
Certo dia, o padre missionário americano, ao fazer suas orações no templo inacabado, cheio de andaimes, percebeu um barulho estranho no alto da construção. Levantou o olhar e viu um menino recolhendo pregos e colocando-os no bolso. Quando tentou sair, o padre o deteve para uma conversa. O adolescente explicou a situação difícil de sua família. “Estamos construindo nossa casa, somos pobres e o pai me mandou ver se havia pregos aqui nesta construção”.
O padre comovido com a situação precária da família, em vez de tirar-lhe os pregos que havia furtado, deu vários pacotes de pregos a ele e manifestou-lhe o desejo de conhecer seus pais.
Dia seguinte vieram. Conversaram longamente. O padre convidou-os a participar nessa comunidade que estava surgindo. O menino foi convidado a ser coroinha. Foram evangelizados. E o coroinha manifestou desejo de ser padre. Tornou-se o primeiro padre católico japonês, após guerra.
Como nós agiríamos neste caso com o menino e com a família dele? Casos semelhantes encontramos muitos em nosso meio. Se o padre não tivesse olhado o coração do menor, as coisas seriam bem diferentes. O que ele seria na vida? Qual o bem que fez como padre, num país que não possuía a vida cristã?