Graças à bateria estragada

Postado por: Adalíbio Barth

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Ao deslocar-me de uma paróquia a outra, bem no interior, o pároco expli­cou-me um atalho que encurtaria em muito o deslocamento até a outra comu­nidade. Nos primeiros três quilômetros deu tudo certo, conforme a explicação recebida. Todavia, junto a uma pequena comunidade, comprovou-se o ditado que diz: Quem quer atalho, procura trabalho. Neste local a estrada ramificou-se e não sabia mais por onde seguir.

Por sorte, havia um senhor de idade, com quem pude obter a informação certa. Ao entrar novamente no carro, eis que falhou totalmente a bateria. O recurso era empurrá-lo. Mas quem faria isso? O velhinho indicou-me uma escola, um pouco escondida, situada a uns cem metros dali. Na escola, os alunos eram de primeira até a quarta série. Ao saber que era um padre, a diretora fez-me falar um tempinho com os alunos, para explicar o trabalho vocacional que fazia na diocese. Busquei um material vocacional que possuía na condução, distribuí também envelopes para quem quiser corresponder-se com a gente.

Depois, vários meninos me acompanharam para empurrar o auto. Deu tudo certo.

Para minha surpresa, três alunos escreveram cartas. Sempre as respondi e todos os anos vinham ao encontro vocacional da paróquia. Passou-se o tempo. E graças a essa bateria estragada, a Igreja tem hoje mais um consagrado na vida religiosa.

A gente nunca sabe como Deus procura estar presente junto às pessoas e fala de sua maneira própria. Todavia, é preciso estar atento à voz de Deus que continua a falar para cada um de nós, da maneira mais estranha. É preciso perceber sua lingua­gem e sentir sua presença. Ele não nos abandona e fala de muitos modos.

 

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