A Igreja sempre se preocupou com a Amazônia!

Postado por: Ari Antônio dos Reis

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Causou certo furor a notícia veiculada domingo passado sobre o possível monitoramento da Agencia Brasileira de Informação – ABIN, do Governo Federal, das ações da Igreja Católica, sobretudo por causa do Sínodo para a Amazônia, convocado pelo Papa Francisco em 2017. Cabe esclarecer que o Sínodo não é ideia da Igreja Católica no Brasil.  Como foi afirmado, este evento tem alcance panamazônico e dialoga com todos os países que fazem parte da grande Amazônia.

No caso do Brasil é possível afirmar que a realidade da Amazônia há muito tempo é preocupação da Igreja Católica. Desde a década de setenta do século passado têm acontecido encontros das Igrejas da Amazônia em vista da evangelização, mais dialogante com a realidade local e seus diferentes povos. No ano de 2007 aconteceu a Campanha da Fraternidade sobre a Amazônia sob o lema “vida e missão neste chão”, que permitiu que os brasileiros conhecessem de forma mais profunda aquela realidade marcada pela diversidade da criação e dos povos. Como consequência desta campanha foi criada a Comissão para a Amazônia que tem desempenhado um trabalho maravilhoso de articulação e fortalecimento das comunidades locais.

No ano de 2014 foi criada a Rede Eclesial Panamazônica – REPAM, voltada a articulação das Igrejas particulares presentes do território, extrapolando os limites do chão brasileiro, compreendendo outros países, iniciativa vista como muito promissora. 

Na esteira da preocupação como o princípio do cuidado com o mundo criado e acolhendo a colaboração de várias pessoas e grupos o Papa Francisco publicou em 2015 a Exortação Apostólica Laudato Si sobre o cuidado da casa comum.  Foi acolhida com muita alegria pelos lutadores e lutadoras pela ecologia e motivou inúmeros seminários de estudo da temática ambiental na região amazônica.

Vê-se que a preocupação com a Amazônia não é recente e está orientada pelo princípio do cuidado, respeito e carinho pelos povos da Amazônia e o ambiente onde vivem, próprio de uma instituição que busca, nestes tempos, ser fiel a Jesus Cristo. O Sínodo é um caminho de escuta e diálogo com os estes povos porque eles e o território que em habitam são importantes e necessários para o Brasil e o mundo.

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