As famílias de hoje são
todas de poucos filhos, diferente de outras épocas, em que as famílias
numerosas contribuíam com facilidade, com vocações para a vida religiosa ou
sacerdotal.
Em certa ocasião, visitei uma família com três filhos homens. Eram alegres, de boa saúde e de fácil conversa.
Ao falar sobre os planos que o mais velho tinha, de ingressar no seminário, o pai, certamente instruído por um gaiato de prontidão, logo atalhou:
- Pois é! Já me disseram que deixe um “ir a padre”, outro a advogado e outro para ladrão.
Diante do meu espanto, pedi que explicasse melhor, pois os meninos riam sem parar. Explicou, pois, assim:
- O ladrão rouba, o advogado defende e o padre perdoa.
- Mas isso não vai tornar feliz a família – observei-lhe prontamente.
- O senhor tem outra sugestão? – acrescentou.
- Tenho sim! Se o senhor vai decidir a vida deles, sugiro que deixe um para a família, outro para o governo e outro para a Igreja. Então vai contentar a todos.
Não sei ao certo o final da história. Estão na idade de constituir família. Parece que cada um vai fazer sua vidinha particular, sem maior contribuição social.
A vocação é um chamado de Deus para servir aos outros. Hoje na sociedade, nas famílias, nas escolas e comunidades, incentivam-se as profissões rendosas. O número de inscritos para o vestibular de certas disciplinas, não revela vocação, mas desejo de se conseguir profissão lucrativa. Qual a sua reação, quando um(a) jovem decide seguir o caminho da vocação sacerdotal ou religiosa?