Cônego Bento tinha como
“hobby” jogar umas partidas de bolão. Costumava jogar de graça.
A cancha sempre reunia gente de todos os lados. Certo jogador, vindo ali pela primeira vez, encontrou o Bentinho. Era franzino e aparentava não ter muita força nas jogadas. E um senhor robusto, de jogadas fortes, campeão em outras localidades, desafiou-o de pronto:
- Jogo uma com o senhor, por dez!
- Não jogo por dinheiro e contigo jogo até de canhota!
O olhar do desafiante, com a cabeça meneando, demonstrou que a provocação era demais.
- Tá feito!
E começou a partida. As bolas jogadas pelo Bentinho iam rolando certeiras, derrubando os nove palitos. E o adversário já se encontrava nervoso, porque a torcida lhe era contrária.
O resultado final foi uma incontestável vitória do Bentinho. Neste dia “seu” Fiorese ficou sabendo que o Bentinho nasceu canhoto e nunca havia feito jogadas com a direita.
Todos gostam de jogos esportivos. Cada um tem sua preferência e dons próprios. Jogam por divertimento ou por necessidade física. Outros, todavia, entregam-se aos jogos de azar, pensando enriquecerem facilmente com as promessas das mais diferentes loterias. Comprometem o orçamento familiar, causando desunião e arruinando muitos lares. Qual o valor que se deve dar ao esporte, ao lazer e à recreação? Quais as consequências dos jogos de azar, como as loterias, com incentivo oficial?