Ao menos uma pessoa,
depois de uma promoção social, alcançada por méritos, não gostava de ser
saudada com os “íssimos”. Já no primeiro discurso, de tomada de posse de seu
novo cargo, mostrou-se muito independente das convenções humanas:
- Em primeiro lugar gostaria de saber, quem foi a pessoa, com intenções desconhecidas, que inventou esta história de excelentíssimo, digníssimo, meritíssimo, reverendíssimo e assim por diante, fazendo-me andar de gravata, o resto da vida?
O público ficou um tanto desnorteado, porque na cabeça da maioria, admiravam essa distinção alcançada, que a fazia uma pessoa diferente, de mais honra e fama e, consequentemente com direito a mais dinheiro. Assim alcançava também o direito de mandar e dominar mais, impondo questionáveis programas de ação.
A sociedade gosta de exaltar pessoas, oferecendo-lhes distinções que as tornam diferentes, aparentando grandezas e nobrezas que, um dia, as tornam candidatas a um demorado enterro.
Todavia, diante de Deus, vão enfrentar, irremediavelmente, os “íssimos” eternos, chamados os “Novíssimos”, que são as últimas coisas que acontecerão a cada um: morte, juízo, inferno e paraíso. Então, “a quem muito foi dado, muito será pedido” (Lc 12,48).
“Todo poder corrompe e todo poder absoluto, corrompe absolutamente”, já diziam os sábios. Há pessoas que desejam o poder, pois dessa forma podem dominar, oprimir, castigar os seus adversários, punir quem discorda de suas posturas, enfim, procura sentir-se seguro, mas deixa a todos os outros na insegurança. Como você coordena, ou administra um cargo?