Ao visitar famílias
sempre se tem as mais diversas surpresas. Todo lar tem seu jeito de organização
e maneiras próprias de relacionamento e comunicação de seus membros. Certas
coisas, todavia, são estranhas para quem chega pela primeira vez.
Foi assim que uma família, a mãe recebeu-nos carinhosamente, mandou-nos assentar e foi adiantando conversa sobre o lar, o corre-corre da vida, enfim, desfilou um rosário de afazeres diários e compromissos assumidos. Numa sala ao lado, uma criança de poucos anos, começou a interromper a conversa, chamando por sua mãe:
- Mãe! Mãe! – começou a chamar sem parar.
Como a gente era uma pessoa estranha na casa, não demonstrei nenhuma atenção ao chamado da menina. Enquanto a mãe continuava a explicar isso e aquilo, ela continuava a importunar:
- Mãe! Mãe! – e continuava a exigir atenção. E repetia sem cessar o mesmo chavão: - Mãe! Mãe! Mãe. E não parava de chamar.
A situação tornou-se chata e constrangedora, pois ela não dava a mínima atenção à criança e não se importunava com este alvoroço. Continuava a contar de sua vida e da família, até que a interrompi e observei:
- A senhora não se importa que a sua filha a chame? Pode atendê-la. Eu tenho tempo.
- Não! Eu gosto que ela me chame de mãe. É a palavra mais linda que eu gosto de escutar. Não fico irritada com isso. Do contrário, fico sempre mais em paz!
Assim acontece com Deus. Quanto mais o chamamos, mais Ele se sente glorificado por suas criaturas que o reconhecem como amor maior. Não precisamos ficar constrangidos em clamar o socorro do Senhor, quantas vezes o necessitarmos.