Sujeito descansado

Postado por: Adalíbio Barth

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O casal estava aproveitando a sombra da tarde, sentado para uma boa prosa na varanda da casa, quando avistaram seu vizinho, vindo na direção deles. Era uma pessoa muito tranquila e não esquentava a cabeça devido a problemas existentes.

- É o seu Manoel – diziam. - Finalmente vem visitar-nos. Será que aconte­ceu algo de especial?

- Acho que não, porque vem tão devagar – repetiam.

E o seu Manoel veio. Depois das saudações habituais do homem do in­terior, falaram da saúde de todos, do tempo, das plantações e das criações. Depois ela lhe ofereceu um cafezinho.

- Aceita um cafezinho, seu Manoel?

- Aceito, sim! Faz bem à saúde!

Depois dos elogios ao bom cafezinho, finalmente perguntou:

- O senhor tem um cavalo que fuma?

- Não, seu Manoel! - E nenhum cavalo fuma – respondeu-lhe surpreso.

- Ah, então, se é assim, o seu galpão pegou fogo, tem muita fumaça, eu vim avisar.

O casal saiu em louca disparada para apagar o fogo e ainda conseguiram salvar coisas valiosas.

Vivemos num mundo agitado, com pressa em realizar coisas e cumprir uma agenda repleta de afazeres. Mas há pessoas que não esquentam a cabeça para correr atrás de capital, de enriquecimento e de amontoar coisas e bugigangas. Vivem de outra forma. Só querem o mínimo para viver bem e se contentam com pouco.

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