O amor de uma mãe

Postado por: Adalíbio Barth

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Veio-me uma senhora partilhar a tristeza causada pelo filho jovem, que resolveu partir para a cidade de São Paulo, distante mais de mil quilômetros de sua casa, à procura de trabalho. Desaconselhado pelos pais e familiares, ninguém o conseguira segurar mais em sua cidade. Desde sua partida, reinava grande tristeza na família.

Passados mais de seis meses, sem nenhuma notícia dele, sua mãe resolveu procurá-lo. Não sabia se estava vivo, se estava trabalhando, ou o que estava fazendo. Alimentada pela fé, participando diariamente das orações comunitárias na Igreja local e em sua casa, decidiu viajar, de ônibus, a esta cidade de mais de doze milhões de habitantes. Rezou durante toda viagem, somente pensando no filho. Levou uma pequena sacola, com seus pertences, pois, alimentava a convicção de que o encontraria logo e voltaria no mesmo dia com ele. E com toda esta fé, sem conhecer nada e ninguém, desembarcou na grande cidade.

Na estação rodoviária pediu informações para chegar à Igreja São Bento, da qual ouvira falar muito. Chegou a este templo, participou da missa, ansiada pelo encontro com o filho, tensa, nervosa, mas confiante. Ao terminar a celebração, avistou um grupo de senhoras conversando nos fundos da igreja. Não teve dúvidas. Com muita fé dirigiu-se a elas e perguntou:

- Gostaria somente de uma informação. Alguém de vocês sabe onde mora meu filho Rodrigo que está aqui na cidade?

- Não é o Rodrigo (e disse o sobrenome) – indagou-lhe logo uma senhora. - Ele mora ao lado do meu prédio, numa pensão. A senhora quer ir até lá, eu lhe levo.

Ela quase desmaiou ao ouvir seu nome completo. Caíram lágrimas de seus olhos. Incrível! Numa cidade de milhões de habitantes, encontrar aquela pessoa que realmente queria. Somente com muita fé e com a graça de Deus.

Dirigiram-se até lá e reencontrou seu filho. A alegria foi indescritível. Trabalhara até aquele dia, fora dispensado da empresa e planejava voltar à sua família naquele dia mesmo. Já havia preparado as malas. E voltaram juntos à cidade de origem, felizes e reconciliados.

Para os olhos de uma pessoa sem fé, tudo parece pura coincidência, mas aos olhos de uma pessoa de fé, foi obra da graça divina. A fé removeu montanhas de problemas. Doutro lado, mesmo com o filho ingrato, que não se comunicara mais com a família, o coração da mãe nunca o esquece, perdoa e continua a viver feliz.

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