Durante um banquete
oferecido a Cristóvão Colombo, um cortesão, enciumado pelo grande feito do
descobrimento da América, dirigiu-se a ele, de maneira indelicada:
- Se você não tivesse descoberto a América, outros navegadores da Espanha o teriam feito.
Colombo preferiu não responder diretamente a este provocador, mas propôs aos presentes um desafio. Levantou-se, pegou um ovo de galinha e convidou os presentes a colocarem-no em pé.
Quase todos os presentes tentaram essa aposta. Mas ninguém conseguia descobrir a maneira de manter o ovo em pé.
Diante do fracasso de todos, Colombo resolveu solucionar o enigma. Pegou o ovo e bateu levemente contra a superfície da mesa, e com a casca da ponta do ovo rompida, manteve-se na posição vertical.
- Ah! – Assim também eu sei fazer! Assim qualquer um faz! – foi a observação imediata do cortesão ciumento.
- Sim! – respondeu o grande descobridor. – Uma vez que mostrei o caminho para este “Mundo Novo”, qualquer um poderá segui-lo. Mas alguém teve antes a ideia e a colocou em prática.
A velha história do “ovo de Colombo” é também sempre nova. Quando alguém realiza algo, com solução simples e natural, sempre há o ciumento que deseja desvalorizar a façanha, popularizando o feito: “Assim qualquer um pode fazer”. Mas alguém pensou antes e fez antes. Muitas transformações aconteceram na sociedade, tendo origem em descobrimentos simples e naturais. Bendita a pessoa que a pensou e realizou antes para que outras pudessem seguir o caminho.