Ao se aproximarem as eleições deste ano, nunca é demais relembrar as lições da mitologia grega, em relação aos que desejam dominar e aos que são dominados. Sempre há os alarmistas, os apavorados e os que enxergam o fim do mundo em cada esquina. Muita gente se desgasta emocionalmente de tal maneira, que não veem outra coisa à sua frente, a não ser o próprio nariz. E neste tempo de uso de máscaras, nem o nariz não enxergam mais. Já na época antiga se contava assim:
Um pastor observava tranquilo seu asno, pastando em uma verde pradaria. De repente, ouviu ao longe os gritos do inimigo que se aproximava. Ele rogou ao animal que corresse com ele na garupa, o mais rápido que pudesse, a fim de não serem ambos capturados. O asno, com calma, falou:
- Por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego, outros dois?
- Não! - Respondeu o pastor.
- Então - disse o animal -, contanto que eu carregue os dois cestos que já levo, que diferença faz a quem estou servindo?
Ao mudar o governante, nada muda, para o pobre, além do nome do seu novo senhor.