Um navio
transportava passageiros ricos que
estavam mudando de cidade. Cada um levava
uma bagagem enorme,
baús cheios
de tesouros para
se estabelecer em
outro lugar.
Entre eles, porém, havia um passageiro com uma bagagem mínima: só uma sacola com algumas mudas de roupas e alguns livros. Os ricos viajantes começaram a menosprezar o companheiro. Riam quando lhe perguntavam onde estava o seu patrimônio.
O navio naufragou e todas as bagagens se perderam. Os náufragos foram recolhidos pelo povo de uma cidade litorânea. Agora cada um tinha que recomeçar a vida sem nada, num lugar estranho. Seria um desastre, mas não para todos.
O viajante de pouca bagagem falava o idioma local e muitos outros. Começou a dar aulas para o povo da cidade e, com outras habilidades profissionais e muita sabedoria, até ajudou a sustentar os outros náufragos que tinham perdido seus tesouros.
Foi aí que aquelas pessoas perceberam que nem todo tipo de riqueza se guarda em cofre e está sujeita a perdas, por tempestade ou por roubo.