Um agricultor pobre tinha um pedacinho de terra e
umas vaquinhas. Morava ao lado de um agricultor rico com muita terra e muitas
vacas. Certo dia, uma vaca do pobre pulou a cerca e entrou na roça do rico
proprietário que ficou indignado e queria que o outro pagasse tudo o que a vaca
comera. O pequeno alegou que não tinha condições no momento, mas pagaria na
safra.
No domingo, enquanto este foi à missa, o ricaço resolveu presenteá-lo. Ao chegar em casa, admirado com tal gesto, o humilde agricultor abriu a caixa. Surpresa! Encontrou estrume de vaca. O cheiro era desagradável e repugnante.
Esse fato não poderia ficar assim, por isso o pobre ofendido enviou também um presente ao latifundiário que, ao recebê-lo, abriu, com receio, o pacote, encontrando dentro dele um bonito queijo. Logo pensou: “Está envenenado”. Chamou delicadamente sua doméstica e falou: “Hoje, você vai comer o primeiro pedaço”. Depois de servido, guardou o queijo e, no café do dia seguinte, perguntou afetuosamente à empregada: “Como passou a noite?”. “Muito bem” – respondeu ela.
O homem rico começou a comer o queijo que era saboroso. Quando o cortou ao meio, encontrou um pedaço de papel embrulhado num plástico. Logo pensou: “Aqui está a maldade”. Abriu e deparou-se com uma frase que dizia o seguinte: “cada um dá o que tem”.
A ganância continua sendo um dos pecados capitais. Deste mal se originam muitos outros. A convivência é difícil quando a desconfiança já está no subconsciente das pessoas. O coração humano se comporta como insaciável.