Na vida de São Francisco de Assis, narra-se um fato que fez os frades refletirem muito sobre o modo de rezar e o sentido da oração. Foi durante a reza do terço.
Reunidos, os frades ouviram atentamente as motivações para a oração, os mistérios a serem meditados, o sentido cristocêntrico da oração do terço e sua dimensão contemplativa. No final, Francisco recomendou: Após cada oração do Pai Nosso e das Ave-Marias, deveriam colocar uma pedrinha no capuz do hábito. Para isso não havia dificuldades, pois as pedras eram abundantes no chão, por onde andariam.
E todos saíram a caminhar individualmente pela vasta área do convento.
Passado algum tempo, veio ter com Francisco um jovem frei, apressadinho e exausto:
- Pai Francisco! Não consigo mais andar!
- O que houve? - perguntou o santo.
- Meu capuz já está cheio e muito pesado – respondeu, na esperança de ser dispensado dessa tarefa do dia. - E o senhor, como consegue?
- Francisco respondeu: Eu não tenho nenhum problema. Ainda não coloquei nenhuma pedrinha, pois estou recém rezando o primeiro Pai-Nosso.
A força da oração não provém da quantidade de palavras proferidas, mas da qualidade de sua interiorização. O pensamento voltado para o Deus Todo-Poderoso, faz reconhecer a pequenez da pessoa humana e sua fragilidade. A oração faz reconhecer nossa vida, como graça divina.