Em nossa vida passamos boa parte do tempo nos comunicando. Seja em nossas casas com nossas famílias, seja no trabalho ou nas interações sociais, estamos constantemente nos comunicando. Nem sempre, porém, nossa comunicação é assertiva e adequada, nem sempre ela consegue expressar aquilo que de fato queremos dizer ou sentir.
No atendimento clínico de casais e famílias, percebe-se muitas vezes que a comunicação está interrompida, obstruída ou ausente entre os membros do grupo familiar. Muitas falas não são ouvidas, pois pode haver excesso de palavras, com pouco entendimento, seja por posturas deliberadas ou veladas. Casais e famílias com bons vínculos, geralmente apresentam um nível mais eficiente de comunicação. A palavra precisa fluir entre os participantes do grupo familiar e a escuta é fundamental. É preciso “ouvir com o coração”.
No âmbito organizacional a comunicação também precisa fluir de forma adequada. Grande parte dos problemas empresariais está relacionado a dificuldade de fazer a comunicação acontecer. As intenções da empresa precisam chegar a todos os colaboradores, promovendo o engajamento. Missão, visão e valores não podem apenas ilustrar as paredes da empresa, mas precisam ser vivenciados pelos membros da organização. Os colaboradores percebem rapidamente quando há contradições entre os discursos e as práticas organizacionais. A empresa não pode apenas dizer que os colaboradores são valorizados, precisa garantir através de suas políticas que isso ocorra de fato. A rotatividade e o absenteísmo são dois indicadores que demonstram com propriedade tal contradição.
A comunicação permeia nossas relações. Somos seres sociais e precisamos uns dos outros. A pandemia demonstrou com clareza o quanto precisamos da interação social. A comunicação permanece sendo um grande desafio, mas não é impossível. Ela precisa fluir de forma leve e eficaz. Precisa garantir que todos consigam atingir o entendimento de suas responsabilidades, direitos e deveres nos mais diversos âmbitos de interação.
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