Dois irmãos, um
solteirão e o outro
casado, possuíam uma fazenda, cujo solo fértil
produzia abundância de arroz
e feijão. Metade
da produção ia para um e a metade para o outro.
No princípio tudo corria bem, até que um dia, o irmão casado acordou de madrugada e começou a pensar: “Eu sou feliz. Tenho uma mulher que amo e quatro filhos. Meu irmão é sozinho e pode não encontrar alguém que cuide dele no futuro. Não é justo que eu fique com a metade da produção”.
Levantou-se e, ainda no escuro, colocou mais algumas sacas na parte que cabia ao irmão.
O solteirão também começou a ter esses ataques noturnos. Acordava de madrugada e pensava: “Essa história de repartir a produção pela metade não é justa. Eu sou solteiro e não tenho uma família para sustentar. Meu irmão tem mulher e filhos”.
Também ele se levantava de noite e, escondido, jogava várias sacas de arroz e feijão na parte que cabia ao irmão casado.
Um dia saíram da cama ao mesmo tempo e colidiram, cada um com um saco de feijão nas costas. Ao perceber a solidariedade de um para com o outro, abraçaram-se chorando.