As qualidades de cada um

Postado por: Adalíbio Barth

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Conta a história que, numa cidade, vivia um homem considerado por todos, o protótipo da ruindade.

Morava sozinho, não tinha amigos, não permitia que passassem em sua calçada, detestava animais e quando a bola dos garotos caia em seu quintal, ele a furava. Comentava-se que, quando morresse, não haveria quatro pessoas para carregar seu caixão.

Na mesma cidade, vivia um outro cidadão, com uma peculiaridade: acompanhava todos os enterros que ali ocorriam e, no cemitério, tinha o hábito de enaltecer as qualidades do falecido, antes de baixar o caixão ao túmulo.

Aconteceu então a morte do homem mau, do qual se dizia que não teria quatro pessoas para carregar-lhe o caixão. Mas foi o enterro mais concorrido que já se teve notícias, não pelo morto, mas por nosso outro personagem, pois todos queriam ouvir que qualidades do falecido haveria de enaltecer.

Toda a população compareceu ao cemitério e, na hora do esquife baixar à sepultura, todos olharam para nosso homem, acostumado a elogiar qualquer defunto. Tomando a palavra, o orador, comovido, resumiu:

- Coitado, ele assobiava tão bem...

A lição desta história é que devemos reconhecer as qualidades das pessoas que, muitas vezes, se sobrepõem aos defeitos.

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