DIA MUNDIAL SEM CARRO: quais são os reais desafios?

Postado por: Janaína Portella

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Janaína Leite Portella

Advogada, Professora universitária,

Empresária e Vereadora
janaina@leiteportellaadvogados.com.br


O 22 de setembro é marcado por pessoas que demonstram a preocupação com o impacto ambiental frente a utilização dos carros e que manifestam a possibilidade do uso alternativo de outros meios de locomoção, na tentativa de redução de gazes poluentes, poluição sonora e ambiental e melhoria na qualidade de vida.  Mas, por que se torna tão difícil ser a regra o uso de meios alternativos que não os automóveis particulares, dentre é claro, das pessoas que possuem veículo próprio, uma vez que sabemos quão mais dispendioso financeiramente se torna?

Observamos que os cidadãos demonstram sensível interesse em mudarem seus hábitos quanto ao uso de carros e motocicletas, e que estão conscientes quanto aos efeitos danosos ao meio ambiente do uso desses veículos automotores, bem como se motivam a buscar saúde e bem-estar pessoal.

O preço dos combustíveis torna a locomoção por veículo próprio um tanto onerosa, mas infelizmente diante dos fatores como: cuidados em razão da pandemia evitando-se aglomerações ou compartilhamento de objetos utilizados por outras pessoas devidamente higienizados; precariedade do transporte coletivo urbano quanto à qualidade dos serviços e veículos e a falta de pontualidade quanto aos horários programados; também o sistema viário, que por vezes se apresenta deficiente e que torna o trajeto moroso; e, a segurança pública que, em meio a tantos assaltos em ônibus afasta os usuários do serviço público de transporte coletivo.  Ainda, pensando em meios alternativos como bicicletas, skates, patinetes e ciclomotores elétricos, a falta ciclovias extensas unindo a cidade e de bicicletas compartilhadas, aliada aos tantos números de motoristas desrespeitosos com os ciclistas e pedestres, são desafios a serem enfrentados para romper com a cultura do transporte individual e motorizado.

Como sabemos que somente pela constante e persistente implantação de uma cultura pela educação para o trânsito responsável e ambientalmente sustentável é que se poderá alcançar a diminuição do uso dos veículos automotores os desafios estão presentes e precisam ser vencidos com implantação de políticas públicas pontuais.  Somente com incentivos em tecnologia para a democratização do uso de bens que utilizem energias renováveis é que se viabilizará o acesso aos outros meios alternativos de transporte; e, que sem sombra de dúvidas, a implantação de melhorias nos serviços de transporte coletivo urbano como ônibus, metrô, com renovação da frota e melhorias do sistema viário, é que será agregada a aderência do cidadão ao uso de meios alternativos de transporte coletivo, tornando possível chegarmos a um futuro próspero e de meio ambiente sustentável para todos nós.

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