A assembleia da marcenaria

Postado por: Adalíbio Barth

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Conta a fábula que na carpintaria houve, certa vez, uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas para acertarem suas diferenças. Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes o notificaram que deveria renunciar. Mas, quais eram as causas? Fazia demasiado barulho. E, além do mais, passava todo tempo golpeando. O martelo aceitou a sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, pois ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a exclusão da lixa. Dizia que era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se eliminasse o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fosse o único perfeito.

Nesse momento, entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente a madeira converteu-se num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a sua discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: “Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalhou com as nossas qualidades, com nossos aspectos positivos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, mas concentremo-nos em nossos pontos fortes”.

A assembleia entendeu, finalmente: o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limpar e afinar asperezas e o metro era exato. Sentiram-se, então, como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. E alegraram-se pela oportunidade de trabalharem juntos.

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