Uma Passo Fundo Solidária

Postado por: Janaína Portella

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UMA PASSO FUNDO SOLIDÁRIA

 

Passo Fundo vive a 3ª edição da Passo Fundo Solidária!

Não se trata de um ato de doação, mas de empatia.  Reforçamos nessas campanhas o espírito altruístico da solidariedade, de propósitos comuns entre pessoas que cooperam, mutuamente, para uma união de esforços que resultem no alcance às pessoas e famílias com menores condições financeiras de garantirem o alimento e prover a dignidade humana junto aos seus familiares. 

O que mais tem enaltecido o programa Passo Fundo Solidária é a identificação de que não se tem bandeiras, partidos políticos, grupos religiosos, doutrinas, ou mesmo pessoas que se enobrecem na fragilidade do outro.  São ações conjuntas, e, como diz o velho ditado: “de grão em grão...”, e é isso que ocorre.  Algumas pessoas físicas ou jurídicas alcançam algumas unidades de quilos, outras, algumas centenas, e, na comunhão o todo se faz, garantindo que àqueles que ficariam a margem de um Natal com o alimento na mesa estejam atendidos em dignidade, marcando positivamente e com mais força a esperança que sempre se renova de que virão dias melhores, de que o emprego ou o ofício se estabelecerão para prover a família.  

Renovam-se as esperanças do fortalecimento dos laços afetivos, do sentimento de pertencimento não só à sua família, mas junto à comunidade, junto à sua terra, e assim, o pertencimento de que somos passo-fundenses.

Mas, o que nos leva a termos atitudes solidárias?

A resposta não é fácil e nem simplista, exigindo pelo menos dois aspectos a serem observados: o filosófico e o psicológico.

Platão e Aristóteles salientaram que somos seres políticos. E, ser político é ser com os outros na ‘polis’ e compartilhar os esforços para que todos tenham felicidade conjuntamente, no exercício que se busca melhorar a vida em sociedade e, assim, identifica-se que ninguém é autossuficiente e todos precisam uns dos outros.

Na psicologia, os fundamentos da solidariedade perpassam a ideia da aceitação externa em que é da própria natureza humana a necessidade de ser bem visto e acolhido pelo grupo, sendo o primeiro passo a empatia, que exige que o ser humano, ao menos, tente “se colocar” no lugar do outro, de maneira a se sensibilizar com a dor (se for o caso).  Ou seja, a empatia está muito mais relacionada com experiências de vida, traços de personalidade de cada indivíduo e visão de mundo.

Mas, não podemos esquecer do viés de que a solidariedade parte da essência de ser humano, constituindo a própria humanidade, que por Immanuel Kant vem expressada na máxima atribuída à Jesus “ame o próximo, como a ti mesmo”.

Seja qual for a linha que adotarmos para explicar a ação de solidariedade, todas convergem para o alcance ao outro de algo que minimize sua diferença, sua dor, sua necessidade perante o outro.

Vários serão os postos de coleta dos donativos, que para esta 3ª edição conta com a solicitação também de brinquedos.

A catalogação dos alimentos, itens de higiene e brinquedos arrecadados serão classificados pela Semcas que, como nas outras campanhas, compartilhará com as entidades não governamentais (ONGs) a alocação dos donativos para a entrega efetiva àqueles que estão cadastrados e necessitam de auxílio.

Façamos todos o nosso possível, como sempre refiro: na medida do nosso possível, e, sem julgamentos.


  Janaína Leite Portella

              Advogada, Professora universitária,

                                  Empresária e Vereadora
      janaina@leiteportellaadvogados.com.br

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