Para esta última coluna dedico aos leitores a mensagem interna que trago comigo todos os dias: RESILIÊNCIA!
Precisamos ter a capacidade de sermos resistentes e adaptáveis aos diversos fatos que a vida nos confere.
O que difere uma pessoa da outra em momentos difíceis, em que ocorre o choque, a adversidade, o embate, seja no ambiente familiar, no social, no profissional, ou no corporativo?
Pois bem! As pessoas que enfrentam e superam adversidades, compreendendo o problema que se apresenta diante dela e possuem a capacidade de mobilizarem seus recursos (suas reservas) de conhecimento, criatividade e, sobretudo, de controle emocional, para lidar com a crise, com o chefe ou seus subordinados, que por vezes, lhe tiram o sono e a tranquilidade, tornando o ambiente hostil; ou com familiares, que por razões diversas e de fundo psicológico, conferem ‘responsabilidades’ ou ‘imputam culpas’ das quais, muitas vezes não gerenciamos, por não termos o controle de tudo e de todos, mas, que conseguem, a seu modo, ter a capacidade de lidar com a situação e saírem fortalecidas dessas experiências são pessoas resilientes.
E, aqui, digo por mim, não sou blindada, invulnerável, ilesa a qualquer situação crítica. Sei bem as cicatrizes que carrego, e tenho consciência dos meus limites e da minha capacidade de lidar com as crises de forma eficiente, tendo por regra buscar sempre o fortalecimento e aprendizado que me concedo obter.
Assim, contabilizo nesta manhã o 2021, em que já fiz a minha lista pessoal (e secreta) com as tantas conquistas, vitórias, alegrias, amizades construídas, equipes que estão junto a mim e acreditam no amanhã, pelo que sempre digo que sou uma pessoa abençoada! Também, contabilizadas as dificuldades, os embates, os prejuízos (não só econômicos como empreendedora), e, como da natureza humana, temos a inclinação de pesar mais as perdas que as vitórias...
Estamos saindo de um ano em que vivenciei doenças, COVID-19, isolamento social, tive que lidar muito com o emocional, dentre tantas outras experiências difíceis, e, olho para o lado e vejo outras tantas pessoas que vivenciaram dores, dificuldades e perdas ainda maiores e, não solucionáveis!
A solidariedade e a empatia me fizeram ainda mais humana, acho que foi o ano que mais exercitei o ‘colocar-me no lugar do outro’, o ‘sentir se fosse comigo’, e é difícil e doloroso. Enfim, ser resistente não significa lutar contra as crises que se apresentam, mas sim, oportunizar a flexibilização e adaptação ao ambiente em que estamos inseridos, para que, com integridade e, um tanto de esperança e motivação, consigamos seguir em frente e, que de algum modo possamos ajudar, como sempre refiro, na medida do possível e do nosso possível, aos outros, pois, é muito bom poder colaborar para diminuir a dificuldade ou dor de pessoas amigas ou desconhecidas.
E você, já fez a sua lista?
Que 2022, no plano social, nos propicie oportunidades de trabalho, de qualificação, de interação com as pessoas. Que possamos ter afastada a sombra da pandemia, que tenhamos aprendido os cuidados básicos sanitários, que ocorram ações salutares e menos discursos de ódio, que tenhamos a possibilidade de auxiliar o quanto mais possível sem olhar a quem!
Que 2022, no plano pessoal, me oportunize que a lista de objetivos profissionais se concretize e de desejos internos com as pessoas que amo de muita saúde e paz seja uma benção, por que o resto “a gente corre atrás”! Sejamos resilientes!
Janaína Leite Portella
Advogada, Professora universitária,
Empresária e Vereadora
janaina@leiteportellaadvogados.com.br