O povo gaúcho enaltece suas origens, sem deixar a preocupação com o cenário atual

Postado por: Janaína Portella

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Somos facilmente identificados por ‘gaúchos’ ao sair de nossa terra.  Estivemos (eu e família) à passeio no nordeste brasileiro e o que mais ouvi foi: “ce é gaúcha”?, “vocês são gaúcho”?

E, ao falarmos de nossa terra, efetivamente, aflora um sentimento de pertencimento por nossas origens, nossa história, nossa cultura tradicionalista, nosso povo hospitaleiro.

Nossa história marcada pela defesa da terra e valorização do estado, tendo por 10 anos desafiado o regime imperial numa sangrenta e mais longa das revoluções vivenciadas no Brasil, conhecida como a Guerra dos Farrapos, findou-se com assinatura do acordo de Poncho Verde e muitas das reivindicações farroupilhas atendidas.

Da Revolução Farroupilha, marcada pela disputa do poder, dos latifúndios nas áreas pastoris, dos estancieiros e da base da economia pecuarista, ficaram os valores de um tempo passado como fatores que contribuíram para o progresso da sociedade gaúcha. Dessa herança não renegamos nossas origens e nossa cultura, influenciada por espanhóis, portugueses, indígenas, negros, alemães e italianos.

Mas, sem dúvidas, somos o povo que é lembrado pelo chimarrão, pelo churrasco e pela música tradicionalista. E, sim. Nos orgulhamos de sermos gaúchos, do nosso tradicionalismo e dos símbolos que representam a cultura gaúcha.

Mais além, nosso orgulho gaúcho reside em nosso povo, no sentimento de união e de solidariedade que tanto se expressa pela percepção de pertencimento. É no sentimento de solidariedade em compartilhar o alimento que a sociedade gaúcha apresenta, em sua conjuntura socioeconômica, o olhar igualitário e de solidariedade aos seus pares. O Instituto de Pesquisas e Opinião – IPO, acaba de apresentar os números percentuais da pesquisa que realizou em que identificou que 19,0% dos gaúchos “dizem que se orgulham do povo gaúcho/das pessoas que se destacam pela união e solidariedade”.  E, constatações não faltaram nesse período pandêmico, em que muito se doou para os mais necessitados e vulneráveis, tendo a população como um todo se compadecido com o ‘outro’.

E,na sequência dos diálogos, a pergunta que nos foi feita com relevante frequência, me causou uma constatação ainda mais alarmante, e que está se confirmando na rotina às compras de gêneros alimentícios e serviços:  “Quanto tá a gasolina lá?” 

Todo o Brasil sofre com a inflação.  Precisamos estar atentos e exigir de nossos governantes políticas econômicas que confiram efeitos positivos e diminuam os impactos da inflação. Para saber outros índices da pesquisa IPO acesse: <https://www.ipo.inf.br/6-motivos-de-orgulho-do-gaucho/>

 

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