Tempo de pai

Postado por: Adalíbio Barth

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Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, perguntou ao pai, quando este retornou do trabalho:

- Pai, quanto o senhor ganha por hora?

Num gesto severo, o pai respondeu:

- Meu filho, isso nem a sua mãe sabe. Por isso, não me amole, estou cansado.

Mas o filho insistiu:

- Papai, diga, quanto o senhor ganha por hora?

A reação do pai foi menos severa:

- Três reais por hora.

- Então, o senhor poderia me emprestar um real?

Já cansado daquela conversa, o homem respondeu irritado:

- Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me incomode!

Já era noite quando o pai, por um raro momento, começou a refletir na sua atitude com o filho, e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o garoto precisasse comprar algo.

Para aliviar sua consciência, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:

- Filho, está dormindo?

- Não, papai! – respondeu o guri sonolento e choroso.

- Olha, aqui está o dinheiro que me pediu: um real.

- Muito obrigado, papai! – disse o filho, levantando-se rapidamente, e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama.

- Agora já completei! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?

Talvez você não tenha filhos e ache que isso não é com você.

Porém, com certeza você tem família. Será que nela não existe alguém que sente a sua falta? Olhe ao seu redor. Pode ser que os seus amigos estão precisando do seu tempo.

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