Um pai, que amava muito os seus dois filhos, falou a eles:
- Tudo o que vocês me pedirem, e eu tiver condições, lhes darei.
Os dias passaram. O mais novo, ao ver seus amigos jogarem futebol, pediu ao pai uma bola. Em poucos dias, o pai lhe deu o presente tão desejado.
O mais velho, ao ver alguns de seus amigos, de melhor condição econômica, usarem um relógio, pediu ao pai um relógio de ouro.
Os dias passaram e o pedido ainda não havia sido atendido. O filho então, pensou: Nem sempre o pai atende ao que pedimos, só algumas vezes.
Semanas se passaram, meses, enfim, anos. O menino já era um rapaz e não se lembrava mais do pedido de infância. O pai chegava em casa, como de costume. Mas numa tarde, retornou com um embrulho debaixo do braço. Chamou o rapaz e disse:
- Meu filho, muito tempo atrás você me pediu um relógio de ouro. Como você era muito jovem, poderia perdê-lo ou, quem sabe, ser roubado. Agora você já pode ter um.
O pai entregou o embrulho com uma caixa que continha o relógio de ouro.
Como este pai, o Deus Pai eterno sabe muito bem o momento certo em que temos condições de usar o nosso “relógio de ouro”. Ele conhece o momento certo em que podemos ter o que pedimos, para que os nossos pedidos não se transformem em algo que nos separe dele.