Um monge foi visitado pelo anjo da morte, que sua
hora tinha chegado. Mas ele argumentou com o anjo: Tem que ser agora? Estou
cuidando da horta da comunidade. Se eu for embora, o que os irmãos vão comer?
O mensageiro resolveu deixar a missão para outra hora. Dias depois voltou, enquanto o monge cuidava das crianças da comunidade. Houve outra negociação, e o anjo adiou a morte do monge para outro momento.
Voltou pela terceira vez, um mês depois, e encontrou-o tratando carinhosamente de um doente grave. Dessa vez, nem se falaram. O monge somente fez um gesto, mostrando a situação, e o anjo foi embora.
Anos se passaram. Continuou o servo de Deus os seus trabalhos. Tornou-se velho e fraco e começou a desejar a morte. Um dia, o anjo apareceu e ele se alegrou. Foi logo exclamando: Que alívio! Pensei que estava zangado com os meus pedidos de adiamento, e que não me levaria mais para a vida eterna, junto de Deus.
O anjo sorriu e explicou: Eu só vou completar o finalzinho do seu trajeto. Você já estava entrando na vida eterna quando servia seus irmãos.