Provavelmente, você já deve ter ouvido falar de energia eólica. Ou já viu os famosos “cataventos” em alguma região litorânea. Sim, estamos falando de energia eólica, produzida pela força dos ventos. 

O Brasil já conta com mais de 12% de sua matriz energética de fonte eólica, ultrapassando a nossa conhecida Energia Solar Fotovoltaica. Presente em mais de 12 estados brasileiros e com mais de 9200 aerogeradores em operação, e com um percentual de expansão de 35% até 2040, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). 

Hoje, mais de 20% do país pode ser abastecido com energia de origem eólica. Estamos falando  de 108 milhões de habitantes beneficiados com uma energia limpa, evitando a produção de mais de 34,4 milhões de toneladas de CO2, no ano de 2021. Além disso, um aerogerador é capaz de produzir no período da noite, já que necessita da continuidade dos ventos para produzir energia, o que não ocorre com um sistema de energia solar fotovoltaica, por exemplo.

Além de ter uma fonte inesgotável, o impacto socioambiental é muito menor, comparado às hidrelétricas, que causam impacto na fauna e flora, além da desapropriação de famílias que pertenciam à locais onde foram construídas as barragens. Com isso, é possível reduzir os custos operacionais, trazendo uma energia mais barata ao consumidor. 

O Rio Grande do Sul já conta com 8,7% da capacidade total de geração eólica do total representado no Brasil e Passo Fundo já vem dando passos consideráveis na instalação de aerogeradores para fins residenciais. Não só produzindo uma energia mais limpa, como reduzindo custos em condomínios e aumentando a autonomia de edificações, trazendo benefícios, hoje, para residências, e em um futuro próximo, para empresas e indústrias da nossa cidade.

Gabrielli De Carli é Engenheira Eletricista, Mestranda em Engenharia Elétrica pela UFRGS. 

Engenheira Eletricista na De Carli Engenharia Elétrica e Inteligente Energias Renováveis. Atua há 5 anos no ramo de Geração de Energia Renovável.