Quando um dos três poderes assume um lado da política, há a
ideologização. Isso torna-se perigoso em um país onde poucas opções para
recorrer de decisões unilaterais restam!
Há muito tempo o Brasil vive um processo de ideologização de segmentos que fragmentam uma sociedade emotiva. Nós vivemos, sim, muito mais pela emoção do que pela razão. A prova disso é o futebol e a eleição. Lotamos estádios para uma partida de futebol e não lotamos uma igreja. E ainda assim, tanto lá quanto aqui, se vislumbram dois lados da mesma moeda. Graças a Deus que Ele não é dúvidas. Não para a grande maioria. Porém existem os descréditos. E nesse rol, está se solidificando a ausência de credulidade do judiciário.
Em Passo Fundo mesmo, a controvérsia é ideologizada e tem nome e patrimônio próprio. Há alguns anos, o juiz que determinava ou não a concessão de posse das áreas invadidas pelos sem-terra, afirmando ser importante a distribuição de renda e de terras para o plantio, era dono de um quarteirão na área central da cidade, com muro alto e cerca farpada (para evitar invasões dos companheiros?).
Além disso, observa-se no âmbito federal, o magistrado sem concurso, mas levado pela ideologia política a um dos cargos mais altos do país, na esfera do judiciário, a investigar, prender, julgar e condenar. Somente os dois últimos passos deveriam ser de sua competência. Porém, como disse antes, está ideologizado.
Aqui, a polícia civil prende traficantes com centenas de quilos de drogas e, mal cai no judiciário o processo, e os “mano” são soltos, sob alegação de que não representam riscos à sociedade. Claro que não! Quem representa risco à sociedade é quem produz. Quem planta. Quem sofre com a instabilidade do tempo. Quem abre as portas de sua loja e fica apreensivo o dia todo, temendo um assalto ou uma invasão.
“... Enquanto as divindades supremas encarnam seus personagens de retidão e lisura, mas com suas decisões abduzem a moral e destroem o país (e de quebra a reputação do Judiciário), nós brasileiros comuns e sem toga trabalhamos arduamente dia e noite para construir o país, ou pelo menos para minimizar os danos que eles provocam”. (Marcelo Rates Quaranta).
E em Brasília, os poderosos ideologizados mandam prender e soltar a quem lhes cabe no interesse. Além disso, se não falares a linguagem deles, mandam bloquear seus meios de protesto, calando-lhe a boca. E se a cor defendida não for socialista, a ordem sai com mais afinco ainda.
Ops!!!
E dizer que estão em um ”comboio” em Nova York para palestrar sobre liberdade. A diferença, “Excelência”, é que nos Estados Unidos funciona a Lei Pétrea da Liberdade de Expressão, que aqui os “Senhores, data vênia, não permitem quando as palavras proferidas não são de agrado aos seus preciosos ouvidos!
Autor: Dilerman Zanchet – Radialista e Jornalista (DRT 360/03-18)