Até quando, mané?
Quando a Justiça tira a venda, pende para um lado e as benesses beneficiam somente alguns, é por que tem alguma coisa muito errada sendo jogada para baixo do tapete.
Perdeu, mané!
Vaza, mané!
Sai fora, mané!
Não enche, mané!
Todas as frases, utilizadas pelos grupos de traficantes, presidiários, assaltantes e criminosos que assolam o país, tiveram, em suas características, a pretensão de se tornar famosas no dizer do Sr. Barroso, um dos todo-poderosos xeiques árabes do nosso mais elevado poder judiciário, de encontro à resposta que o próprio deu a uma pessoa que reside nos EUA, sobre os Códigos Fonte das urnas eletrônicas.
O mesmo da frase “eleição não se ganha. Se toma! ”. Aplica-se ao fato?
Não sou doente pelas afirmativas de que as urnas são inconfiáveis. Mas passei, nos últimos meses, a me questionar: Se forem tão confiáveis, invioláveis, sem nenhum risco de ter resultados alterados, qual o motivo de não se divulgar os tais Códigos Fonte, de permitir uma varredura completa no sistema?
Perdeu, mané! Vá se catar!
A frase de arrependimento dele? “Se ‘supremo é o povo’ e o povo já se manifestou, tem que saber respeitar”.
Você pensa que eles vão se permitir ajoelhar para amarrar o cadarço? Não!
Não mesmo, mané!
Eles estão muito pouco, ou nada preocupados com a opinião da população. Se houve ou não houve alteração nos dados. Preferem colocar em dúvida a idoneidade de uma empresa de auditoria (no caso, aquela que fez a auditoria da propaganda eleitoral e apontou erros crassos, inclusive com a declaração de proprietário de rádios do Nordeste). Muito mais fácil desconstruir a imagem de uma empresa ou alguém, do que ajoelhar para amarrar o cadarço.
Somam-se à ideologização do judiciário brasileiro as ações dos outros ministros, que viajaram aos EUA em jatinho de envolvidos com a Lava-Jato, à nenhuma atitude do Xandão, sequer advertência, ao ato de Lula ter viajado ao Egito em avião do amiguinho doador de campanha e também preso pela mesma operação.
Na força que eles detêm, estão os despropósitos de verem uma nação se dilacerando entre esquerda e direita. Ou, entre os que querem a transparência de todos os atos e contrários aos seus impropérios.
Enquanto o país se debruça sobre a expectativa de uma PEC fura teto de mais de R$ 198 bilhões, e o salário mínimo ainda é de R$ 1.212,00. E enquanto mais uma variante do Corona começa a levar aos hospitais milhares de brasileiros, eles gozam das benesses do poder.
E sequer foram eleitos para isso. Na verdade, todos foram indicados pelos Presidentes da República. Mas esse tipo de democracia não lhes interessa.
Há tempo, ainda, para se retratarem perante uma nação. Há tempo de fazerem valer a justiça, como está realmente escrita e não conforme lhes convém.
Há tempo, ainda, para limpar a sujeira que está sendo jogada para baixo do tapete.
Ainda dá tempo para mudar, manés!
Autor: Dilerman Zanchet – Radialista e Jornalista (DRT 360/03-18)