O amor venceu o ódio?

Postado por: Dilerman Zanchet

Compartilhe

Você ouviu durante o pós-campanha eleitoral, em pelo menos uns 30 dias, a frase “o amor venceu o ódio”. Acreditas nisso?

“ O lado vitorioso foi o do amor, que venceu o ódio e o medo. Venceu o lado que defende a democracia, que sente a dor do outro e que sabe e respeita a luta por direitos, essa imprescindível conquista do povo e que nunca mais deve ser enfraquecida. Venceu o lado que sabe da importância de respeitar as instituições democráticas e fazer o país funcionar.  

A vitória do Presidente Lula significa a reconquista da esperança do povo brasileiro. Países do mundo já sinalizaram que voltarão a investir no Brasil a partir de 2023. Voltar a ter reconhecimento do investimento internacional, prognóstico de mercado otimista, dólar em baixa. Esses são alguns dos principais indícios da condução correta de um país. ” A declaração do deputado Alexandre Padilha (PT-SP), declara exatamente aquilo que se ouviu e leu ao longo desses últimos quase dois meses.

Porém não reflete, em hipótese nenhuma, o que os filiados, mandatários e paus mandados do partido referência da futura presidência pensam e agem como tal. O discurso do ódio, do amor, do carinho, da mão para todos, substituiu, desde o dia da eleição, pelo rancor, pela raiva, pelo ódio gerado entre direita e esquerda brasileira.

Há sim, você de esquerda vai ler esse artigo e afirmar: Perdeu mané. Chora, tadinho. Mimimi, etc.

Você de direita terá outros argumentos, alegando prisões, STF, Xandão, etc.

Aqui em Passo Fundo, nas redes sociais, nas balas que atingiram o caminhão guincho, nas palavras ofensivas daqueles que deveriam estar cultivando sementes de amor, depois de uma polarização eleitoral, o amor, infelizmente não venceu.

Não venceu no direito da livre expressão, no direito do ir e vir, no direito da livre manifestação e, também, naquilo que se lê na tal Constituição.

Não. O amor não venceu o ódio. Infelizmente. Que o diga aqueles que se escondem em perfis fake nas redes sociais para espalhar o ódio, em nome de um grupo que sempre esconde a cara depois de dar o tapa.

Pois é. O amor não venceu o ódio.

Infelizmente viveremos os próximos quatro anos – pelo menos – com as dores de quem saiu mortalmente ferido de uma eleição e isso é de todos os lados. Não basta olhar a quase igualdade em votos. Tem que ver o todo: a forma de como seremos governados, quais serão os beneficiados e além, muito além disso, a quem serão concedidos os méritos dos benefícios e dos favores.

Se pensarmos em desenvolvimento, crescimento, inflação baixa, juros baixos, não teremos muito a comemorar. A menos que milagres aconteçam.

E como está chegando o Natal, todos os milagres, para bons cristãos, são possíveis. Em Belém e no coração dos bons e justos, porém, esperemos que o AMOR VENÇA O ÓDIO!

Autor: Dilerman Zanchet – Radialista e Jornalista (DRT 360/03-18)


 

Leia Também Escutai os mensageiros! Burrice Várias nações, um só povo Os Traumas de Final de Ano