Tivemos em 2022 um ano de surpresas, de alegrias, de esperanças, de frustrações, de desenvolvimento e também de tristezas. O que esperar para 2023?
Um ano difícil? Sim. Mas nem tanto.
Não pode ser comparado com os últimos dois. 2020 e 2021 foram terríveis. Perdemos amigos, familiares, ficamos isolados por 15 dias ou mais – raros os que não foram infectados. Muitos de nós hospitalizados e até, em alguns casos, na corda bamba. Quando você sente que não tem mais volta. Mas não combinou com o Criador. Que talvez não tenha visto em você a tua hora. Ele é quem decide. Ninguém mais.
Um ano (2022), em que lá em março, prevíamos uma inflação superior aos 13%. Com poucas chances de um país como o nosso sobressair-se no mercado internacional. E com uma crise hídrica que assolou nossas lavouras, levando o agro ao desespero.
Depois, o caminho da eleição, a supremacia ondulosa do STF, seus mandos e desmandos, a liberação de presidiários comprovadamente culpados para ídolos dos próprios juízes e ministros que deveriam zelar pela idoneidade e pela moral e lisura.
E a caminho disso, uma pré-eleição conturbada. O Brasil dividido entre o “certo e o errado”. Entre o bem e o mal. Como muitos preferem dizer, entre o amor e o ódio.
Venceu quem?
Venceu quem convenceu. E quem foi favorecido. Favorecido pela grande mídia, que ainda no domingo aplaudia e enaltecia os feitos que deverão acontecer (esperem. Tudo tem um tempo e ao seu tempo), criando ídolos em pseudo-ídolos de novelas globistas e sem sentido racional.
Venceu quem descumpriu a lei, amparado pela lei. Difícil, mas compreensível.
E agora?
O “perdeu, mané!” será transformado em “chora e faz o L”, em breve. Basta aguardar.
O país, envolto pela expectativa de um novo governo, esquece que entre 21 ministros anunciados até essa segunda-feira (e faltam 16 – sim, pasmem – serão 37), somam-se 1688 processos.
Isso mesmo. São 1688 processos entre 19 dos 21ministros já anunciados. E destes tem um só que tem mais de 500 processos. Aí, talvez, se explique o porquê de o amor ter vencido o ódio.
Pode rir!
Mas teremos festança no domingo. São atores, atrizes, cantores, cantoras, “ativistas culturais” que estarão comemorando a volta do presidente que esteve preso por dois anos e meio. E que o STF mandou soltar para ser candidato, contrariando todas as leis cabíveis e que até então estavam em vigor. Agora é um Deus nos acuda.
Vamos esperar.
E torcer para que tudo volte a ser aquele mar de rosas que pintaram na TV e nas propagandas eleitorais.
Vamos esperar um crescimento do PIB, da geração de empregos, da redução da fome, da redução de impostos, do preço da gasolina, do preço da cesta básica e, conforme o prometido, a picanha na mesa do povo, para o churrasquinho e a cervejinha no fim de semana.
Torce, povo!
Se não der certo tua torcida, “faz o L!”!
Que Deus nos abençoe em 2023.
Autor: Dilerman Zanchet – Radialista e Jornalista (DRT 360/03-18)