“Na
internet pode tudo?
Não, não pode, para tudo nessa vida deve ser usado o bom senso, você não pode usar a internet para denegrir, magoar, humilhar, ferir, maltratar. Você não pode se esconder atrás de um nick (apelido), para vomitar meias verdades que muitas vezes são apenas a sua verdade. (Arcise Câmara - https://www.pensador.com/frase/MTEyMTQ5Mg/)''
Tente você escrever alguma coisa e postar em suas redes sociais, seja aqui, ali ou lá – são muitas as opções, e abrir-se-ão em seus comentários dezenas de opiniões, favoráveis ou contrárias à sua posição, seja ela ideológica, partidária, religiosa, esportiva ou sei-lá-o-quê!
É o mundo da internet, sem devaneios ou desvios, que está aí à sua porta.
Os formadores de opinião são os que mais sofrem desse “assédio desvairado” de intelectuais ou comentaristas de redes sociais. Aqueles que escrevem ofendendo a integridade humana, despindo-se da vergonha e muitas vezes, só escrevendo por ser em uma rede social, ainda na prática, um espaço sem leis. Fosse cara a cara, não diriam uma só palavra.
As redes, em sua grande maioria, permitem o bloqueio ou a exclusão de palavras que ofendem, denigrem ou abusam nos comentários. Porém, os que os emitem acham-se no direito, sem pensar, obviamente, nas consequências que isso pode trazer.
Recentemente, nesse espaço de artigo, uma pessoa me criticou por escrever “artigos rasos”, tal qual a profundidade do autor, sobre determinado tema. Eu me indaguei, lógico, sobre o quanto raso é escrever sem ter doutorado ou mestrado sobre algum assunto. E entendi que, para aquele “leitor”, o mero agrupar de letras e a formação de palavras estavam acima de sua capacidade intelectual. Muito embora ele, sem me conhecer ou sequer ter lido e entendido o assunto, preferisse me ofender. O que entendi, também, é de que o assunto ora proposto ofendeu a sua ideologia político-partidária.
E ainda me questionei por muito tempo, o quão raso é postar uma crítica e se esconder atrás de um perfil falso. Ou ainda mais, de outro: “Tua hora vai chegar... pode esperar”, vindo de pessoas que sequer passaram na frente algum dia. E acovardado a tal ponto de bloquear para não receber a resposta merecida. Normal para alguns.
Se entende, claro, o fanatismo pela ideologia. Ou pela ignorância mesmo!
Mas aí, amigos leitores, é outra situação. Às vezes mais patética ainda.
Se você não escrever o que agrada aos seus, você corre o risco de ser tachado dessa ou daquela ala, independente de qual for o lado. Simplesmente olhar o que está à sua frente, batendo em sua cara, se não agradar aos seus anseios, é como tratar inimigo à bala.
E não é que se torna facílimo não gostar de algo, ir no botão adequado e apertar EXCLUIR???
Autor: Dilerman Zanchet – Radialista e Jornalista (DRT 360/03-18)