O Agro e o futuro do Brasil

Postado por: Dilerman Zanchet

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“O agronegócio é o conjunto de atividades econômicas que derivam ou estão conectadas à produção agrícola e seu comércio. Trata-se de um importante pilar da economia brasileira.” – (TOTVS)

 

A economia brasileira é, há tempos, alavancada no cenário internacional graças ao agro. É esse o setor que impulsiona o desenvolvimento e faz com que o país seja visto com grande potencial para alimentar o mundo.

Infelizmente, o agro não é tratado como merece. E não estou escrevendo aqui sobre a tradicional lamúria brasileira de dizer que o negócio do setor primário serve para, após uma safra bem-sucedida, o produtor trocar de camionete ou de trator.

O agro vai além da volta no umbigo dos grandes “intelectuais” brasileiros. Daqueles que só veem o campo como uma alavanca de enriquecimento. Claro que, quem planta e trabalha de sol a sol, tem que ter lucro. Esse é o principal objetivo do trabalho. Mas outro fator - diria o principal – é o fato de que alimenta o mundo.

Não se trata só dos grãos, que impulsionam as indústrias, alimentam o mundo e nos oferecem as condições necessárias (alimentados, claro!), de pensar e refletir. Mas se movimentar uma grande cadeia de negócios, desde o transporte e as indústrias que se beneficiam disso, ao beneficiamento dos grãos, à produção de máquinas para tal, e até a geração de empregos na cidade, longe do campo, criada pela necessidade da aquisição de bens de consumo provocados pelo próprio agro.

A preocupação que me ocorre e por isso disserto sobre o tema, é a forma e os rumos que estão sendo dados pelos governos – Estadual e Federal, ao agro. Me refiro não especificamente ao pequeno, chamado de economia da agricultura familiar. Essa consegue lutar diariamente para fornecer o leite, o pão, o queijo e o salame para a mesa de quem mora na cidade. Claro, sobrevivendo também às intempéries, à seca, ao abusivo preço do combustível para o trator, para a camionete. Mas também ao produtor de grãos – soja, milho, trigo – que vê, diariamente e com apreensão, a inconsistência do preço dos combustíveis, o dólar – moeda internacional de compra e venda – e suas variações, insumos para a produção e, claro, o preço final do produto, na cooperativa.

O agro precisa de respeito.

                Quando os governos – principalmente o Federal, der o valor adequado, deixando de assombrar produtores e conceituá-los como degradantes da natureza, através de políticos de gabinete, teremos maior entendimento e até maior produtividade.

                As dificuldades desse setor, seja por variações climáticas, ou mesmo pelos entraves burocráticos que os nossos políticos impõem, para agradar a alguns setores ditos como “ambientalistas”, assustam, irritam e causam preocupação.

                Deixem o agro produzir.

                O produtor, seja pequeno ou grande, não quer favores dos cofres públicos, como quase todos os outros os querem. Ele quer, apenas, respeito e respeito.

                Respeitem quem produz. Respeitem quem alimenta. Respeitem quem chora e reza pelo fim da seca. E respeitem, principalmente, quem alimenta o mundo!

                Haverá alimentos, haverá futuro, para o Brasil ou para o mundo, sem o agro?


Autor: Dilerman Zanchet – Radialista e Jornalista (DRT 360/03-18)


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