Nos últimos dias tenho recebido uma série de solicitações para escrever sobre a difícil tarefa de dizer “não”. Como pode uma palavra tão simples, trazer tamanha dificuldade e dor de cabeça às pessoas?
O exercício do “não” de fato, nem sempre é fácil. Nossos ouvidos não estão acostumados a ouvirem “nãos”. Muitas vezes os “nãos” nos deixam frustrados e incomodados. E por não gostarmos de ouvi-los, também não gostamos de dizê-los.
A dificuldade de ouvir/dizer “nãos” causa grande sofrimento para muitas pessoas. Algumas inclusive, sofrem abusos psicológicos e morais por não saberem dizer “não”. Nos mais diversos espaços de interação, o “não” faz-se necessário. Muitos problemas poderiam ser evitados se no início da interação fossemos mais assertivos e diretivos.
O processo de dizer “não” pode ser desenvolvido. Ele começa com pequenas doses de “nãos”, aumentando a intensidade gradativamente. Com o passar do tempo e do exercício de dizer pequenos “nãos”, vai ocorrendo a assimilação, e a pessoa começa a se sentir de consciência mais tranquila ao dizer os “nãos” necessários.
Escolha lugares mais acolhedores para dizer os primeiros “nãos”. A família costuma ser um espaço mais propício para ouvirmos e dizermos os primeiros “nãos” e aprendermos com eles. A educação dos nossos filhos precisa estar pautada por critérios claros, limites e muitos “nãos”. Reflita sobre isso.
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