Repercutimos, nesta coluna semanal, interessante reflexão de Adeli Sell sobre virtude de "Aretê", um conceito grego usado nas guerras, que apregoa que se pode ser forte e astuto para vencer, mas tendo respeito ao vencido. Era um estado de excelência.
Esta reflexão está publicada no site www.neipies.com
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“Garibaldi foi um lutador aqui na Guerra dos Farrapos, lutou no Uruguai, como foi o lutador da unificação da Itália. Aqui, num confronto em São José do Norte, não deixou que degolassem um jovem, pois ainda poderia lutar por sua pátria. Bento não deixou que queimassem a mesma vila neste confronto, para não matar civis. Estes foram dois exemplos de aretê.
Outro caso de aretê foi-nos dado pelo General Netto, depois de Porongos, largando seu "inimigo" interno Canabarro, vai com seus adeptos, inclusive negros sobreviventes ao Uruguai. Netto teve a excelência de não compactuar com Canabarro.
Nem Putin, nem Zelensky, nem Netanyahu, nem o Hamas tem aretê. Nem o presidente Biden.
São velhos guerreiros que querem sangue, mortes, ranger de dentes.
Querem poder e glória, mesmo tendo a morte de seus irmãos a lhes perturbar suas almas pela eternidade afora.
Veja que há quase 200 anos atrás havia, numa guerra de degolas, momentos de aretê, o que não tem nas guerras atuais.
Virtude é resgatar nossos compatriotas, sem pedir reconhecimento. Até porque os fascistas que também estavam entre os mais de 1 mil resgatados dão reconhecimento a quem nada fez. É a aretê fake.
Vivemos um mundo da Banalidade do Mal. Leia: https://www.neipies.com/a-banalidade-do-mal/
Vivemos a modernidade líquida das coisas "fake".
Que sirvam as façanhas de excelência de modelo a toda terra!”
FONTE: https://www.neipies.com/arete-virtude-excelencia/
Autor: Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.