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Agricultura e pecuária enfrentam dificuldades com preços baixos

            Não
há um só produto, dos principais produzidos no planalto gaúcho, que esteja com
preço remunerador.  Agricultores e
pecuaristas enfrentam uma fase muito ruim quanto a valorização da soja, milho,
trigo e carnes. 

               O preço
pago pela saca da soja, ao redor de R$ 138,00 é o mesmo que o mercado  pagava em setembro de 2020.  Há quase três anos, o sojicultor amarga a
mesma remuneração, exceto alguns picos sazonais de alta,  enquanto viu os preços dos custos de produção
dispararem nesses últimos 30 meses. Com o milho não é diferente, cotação em
torno de R$ 52,00, também é a mesma desde agosto de 2020.  Nesse período teve picos de altas, tanto na
soja quanto no milho, mas atualmente se repete o cenário de três anos
atrás.  O trigo em outubro de 2020,
chegou a R$ 70,00, depois teve picos ao redor de R$ 100,00 e nessa semana caiu  para R$ 64,00 depois de permanecer durante
três meses sendo cotado a R$ 66,00. Com o início da colheita no Paraná, não há
perspectiva de alta.

        Na pecuária, a situação não é nada
diferente.  Muitos  pecuaristas não conseguem vender o boi a R$
9,00 o quilo vivo.  Em algumas praças
brasileiras, a arroba, ou seja,  15
quilos, é comercializada por R$ 205,00, ou seja, não chega a R$ 7,00 o quilo
vivo.   O preço pago pelo quilo do suíno
no Rio Grande do Sul é de R$ 6,20 para produtor independente. Já aquele que
recebe os leitões e faz a terminação recebe bem menos que isso.  Entidades de produtores estimam um prejuízo
de R$ 25,00 por animal.   A situação é
ainda mais grave no setor leiteiro. Mesmo que a metade dos  80 mil leiteiros gaúchos tenham abandonado a
atividade nos últimos sete anos, conforme dados da Emater, a remuneração  continua em baixa. Há produtores rurais
recebendo menos de R$ 2,00 pelo litro do leite.

        Isso tudo
resulta  de uma série de variáveis.  Oferta maior que a demanda. Dólar baixo que
prejudica os preços dos produtos que são commodities. Falta de controle na
entrada externa  de produtos de países
concorrentes.  E  alta de incentivo governamental para os
produtores. (Por João Altair, editoria de agricultura e pecuária/Rádios
Planalto)

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