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Aprovação de Lula atinge o menor índice de sua trajetória política O desabamento na aprovação do presidente tem sido associado a diversos fatores, como o aumento nos preços dos alimentos e a crescente insatisfação popular com a gestão econômica do governo.

Foto: Divulgação/ Jornal Razão

A avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu 24%, o pior índice desde o início de sua trajetória política, conforme pesquisa divulgada pelo Datafolha. Esse número representa uma queda significativa em relação aos 35% registrados no mês anterior.

O desabamento na aprovação do presidente tem sido associado a diversos fatores, como o aumento nos preços dos alimentos e a crescente insatisfação popular com a gestão econômica do governo. O cenário se agravou após uma declaração polêmica de Lula, na qual sugeriu que a população evitasse comprar produtos com valores elevados, o que foi amplamente interpretado como uma falta de sensibilidade frente à crise econômica que atinge boa parte da população brasileira.

Até então, o pior índice de aprovação de Lula havia ocorrido em 2005, durante o auge do escândalo do mensalão, quando seu governo atingiu 28% de aprovação. Já a maior taxa de rejeição, de 34%, foi registrada no final de 2024.

A pesquisa também revelou que a queda na popularidade do presidente se reflete em grupos que historicamente são mais próximos ao Partido dos Trabalhadores (PT). No Nordeste, região tradicionalmente fiel ao governo petista, a aprovação de Lula recuou de 49% para 33%. Entre eleitores com menor renda, a aprovação também sofreu uma queda significativa: de 44% para 29% entre aqueles que recebem até dois salários mínimos. Já entre os menos escolarizados, a queda foi de 15 pontos percentuais, de 53% para 38%.

Outro dado alarmante vem das faixas de renda mais alta, onde o saldo de rejeição é ainda mais acentuado. Entre eleitores com salários mais elevados, a rejeição ao governo Lula ultrapassa os 40 pontos percentuais, com a maior perda de apoio registrada entre aqueles que ganham acima de dez salários mínimos, com uma rejeição de 45 pontos.

O impacto desses números deve influenciar as discussões internas no governo, já que a pesquisa não abordou cenários eleitorais, mas as perspectivas para as eleições presidenciais de 2026 devem ser uma preocupação crescente entre os aliados de Lula.

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