O tradicionalismo gaúcho perdeu, nesta quarta-feira (12), um de seus maiores nomes. Faleceu José Moacir Gomes dos Santos, o eterno “Tio Moa”, figura carismática e profundamente respeitada por sua atuação incansável em defesa da cultura do Rio Grande do Sul. Ele tinha mais de 50 anos de dedicação à pesquisa, à história e à vida campeira.
Tio Moa foi um dos pilares da valorização cultural no estado. Ao lado do renomado Paixão Côrtes, participou do resgate de dezenas de danças tradicionais, que hoje fazem parte do repertório oficial da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha (CBTG). Seu trabalho incansável com registros, vivências e ensinamentos formou gerações de jovens tradicionalistas que hoje choram sua partida para a Querência Eterna.
Além de pesquisador, era também folclorista, exímio chuleador e coautor de livros fundamentais sobre os costumes do povo sul-rio-grandense. Sua presença era constante nos palcos, galpões e acampamentos que celebram a identidade gaúcha em sua forma mais pura.
Em nota, o movimento tradicionalista manifestou profundo pesar pela perda e reiterou o impacto do legado de Tio Moa: “Seus bailares e ensinamentos continuarão vivos na memória e na prática das invernadas artísticas, das famílias campeiras e dos que respiram o amor pela tradição”.
O Grupo Planalto se une aos familiares, amigos e admiradores de José Moacir Gomes dos Santos neste momento de luto. Que sua alma descanse em paz na Estância do Céu, onde certamente encontrará mate quente, dança e música sob o céu estrelado do pago.