Nos cinco primeiros meses de 2025, Passo Fundo viveu um salto expressivo em sua atividade econômica. A Prefeitura contabilizou a abertura de 3.509 novas empresas, representando um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2024. O dado demonstra a força do ambiente empreendedor local e a confiança de investidores no atual momento da cidade.
De acordo com levantamento do Observatório Econômico da Prefeitura, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o setor de serviços lidera esse movimento, respondendo por 68,76% das novas empresas abertas no período. Em seguida aparecem o comércio (15,11%), construção (9,29%), indústria (6,47%) e agropecuária (0,37%).
Passo Fundo em expansão
Para o prefeito Pedro Almeida, os números confirmam a força de Passo Fundo como polo regional de desenvolvimento. “O crescimento na abertura de empresas é reflexo de uma cidade que acredita no seu potencial. Estamos investindo em infraestrutura, capacitação e desburocratização para tornar Passo Fundo cada vez mais atrativa para quem quer empreender”, destaca.
Os dados apontam para uma cidade em pleno processo de transformação, com oportunidades em diversos setores e forte adesão ao empreendedorismo de base. A formalização dos pequenos negócios, somada ao apoio público, vem construindo um ecossistema favorável ao crescimento sustentável.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Adolfo de Freitas, o crescimento é resultado de uma série de medidas adotadas pelo município. “Estamos oferecendo um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico, com incentivo à inovação, apoio à formalização e políticas públicas que estimulam a geração de emprego e renda. Os dados refletem isso”, afirma.
As Microempresas (ME) representam a ampla maioria das novas aberturas, com 92,45% do total. As Empresas de Pequeno Porte (EPP) somam 4,3% e os demais portes completam os 3,25%. Já os Microempreendedores Individuais (MEIs) foram responsáveis por 2.106 registros, o que equivale a 73,18% do total — reforçando o protagonismo do empreendedorismo popular.
Esse perfil é refletido nas atividades predominantes. Entre as mais recorrentes estão aquelas ligadas à promoção de vendas, como panfletagem, entrega de material publicitário e demonstração de produtos em pontos de venda. Também aparecem com destaque os serviços de apoio administrativo, especialmente a preparação de documentos, além dos serviços de beleza e estética, com 133 registros de cabeleireiros, manicures e pedicures.
O setor do comércio registrou 530 novos empreendimentos. Entre eles, o segmento de vestuário teve papel de destaque, com a abertura de 110 novas lojas, mostrando a força do setor de moda e consumo popular na cidade.
Na construção civil, as 326 empresas abertas concentram-se, em sua maioria, em obras de alvenaria (101 registros), pintura de edifícios (63) e serviços de instalação e manutenção elétrica (52).
A indústria também mostrou diversidade, com 227 empresas atuando na fabricação de produtos variados. As atividades mais frequentes incluem a fabricação de pães e produtos de padaria, produção de móveis de madeira e serviços de usinagem.
Na agropecuária, embora o volume de novos empreendimentos seja menor — com 13 registros no período — chama atenção a predominância de empresas voltadas à preparação de terreno, cultivo e colheita, que representam 10 desses novos negócios.
A distribuição das empresas por bairro revela a concentração em regiões com melhor infraestrutura e atratividade comercial. O Centro lidera com 1.049 empresas abertas, seguido por Vera Cruz (288), Boqueirão (249) e Petrópolis (241). Já entre as ruas com maior movimentação de novos negócios estão a Rua Antônio Araújo, com 204 empresas abertas, e a Rua Morom, com 140 registros. No Centro, além dos serviços tradicionais, observa-se a abertura de empresas nas áreas médica e jurídica, como clínicas de consulta e escritórios de advocacia.
A avaliação do período mostra um cenário de otimismo e confiança. Com dados sólidos e gestão voltada ao desenvolvimento, Passo Fundo se consolida como um ambiente fértil para novos negócios, onde a diversificação produtiva, a valorização dos pequenos empreendedores e a atração de investimentos andam lado a lado com a geração de emprego e renda.
