Entre fevereiro e julho deste ano, a Câmara dos Deputados aplicou descontos que somam R$ 1,4 milhão nos salários de parlamentares que faltaram a sessões deliberativas do plenário sem apresentar justificativa. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
O regimento interno prevê que cada ausência injustificada resulta em corte proporcional no vencimento. Em casos mais graves, quando um deputado deixa de comparecer a um terço das sessões ordinárias de uma sessão legislativa sem justificativa aceita, o mandato pode ser cassado.
O maior valor descontado foi do ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido), que perdeu R$ 79 mil após acumular 33 ausências não justificadas. Ele foi preso e acabou perdendo o mandato por excesso de faltas.
Outros parlamentares que figuram no topo da lista são Geraldo Mendes (União-PR), com R$ 23,9 mil em descontos; Pedro Lupion (PP-PR), R$ 23,7 mil; Daniel Barbosa (PP-AL), R$ 23,5 mil; e Filipe Barros (PL-PR), R$ 19,4 mil.
Ao todo, 225 deputados registraram pelo menos uma falta sem justificativa no período. A Casa aceita ausências justificadas por licença médica, maternidade ou paternidade, missões autorizadas, doenças graves ou falecimento de familiares de até segundo grau.











